Foto: Elton Junior | Divulgação
Com 500 participantes, o Mountain Bike foi a modalidade com maior quantidade de inscritos na quarta edição do Pantanal Extremo – Jogos de Aventura. A prova, realizada neste domingo, 27 de novembro, foi marcada pelo percurso difícil e o forte calor, que superou a casa dos 38°C.
A largada aconteceu às 7h30 e o primeiro a chegar, já bem depois das 10 horas, foi o corumbaense Edson Santos Dias, vencedor da categoria Sport. “O percurso esse ano foi bem técnico, teve bastante estradão, foi um pouco mais longo. Estava bem difícil, bem técnica, principalmente a parte de single track, que exigiu muita técnica dos pilotos. A organização está de parabéns”, afirmou o ciclista.
A disputa pela primeira colocação aconteceu até a reta final. “O ritmo foi intenso desde o início. Fomos puxando o ritmo desde a saída. O pessoal de fora, sabendo que eu sou daqui e achando que eu conhecia melhor o percurso, foram esperando eu fazer os ataques, esperando uma decisão minha para ver onde puxar e onde segurar um pouco mais. Eu treinei bastante pra isso, sabia que aconteceria. O treinamento foi muito bem feito e o resultado foi esse aí”, continuou Edson.
O atleta é servidor da Prefeitura de Corumbá, onde atua como Guarda Municipal, e já participou de todas as edições do Pantanal Extremo. Essa foi a primeira vez que ele venceu a prova. “No ano passado eu fui na Pro, fiquei em 14º no geral e terceiro na minha categoria. Esse ano eu optei pela Sport e felizmente o resultado veio”, concluiu.
Entre as mulheres, a vencedora foi a ciclista boliviana Kenia Karina Almanza Chore. “Foi minha primeira vez no Pantanal Extremo. Foi uma prova muito bonita, muito exigente, de boa velocidade e técnica. Estava muito calor, mas consegui me sair bem”, afirmou a jovem atleta de Santa Cruz de la Sierra. Na Sport, tanto masculino quanto feminino, o percurso foi de 62 quilômetros.
Já na Pro, o trajeto teve 102 quilômetros de muitas dificuldades. O vencedor foi Cleomedes Valério de Souza, 40 anos. “Não tem como descrever essa prova. Só estando lá mesmo. Eu aproveitei minha preparação, usei a vantagem de descida, que faço bem, consegui êxito na descida e consegui chegar na frente”, descreveu o atleta. O trecho mais difícil, segundo ele, foi uma subida de quase mil metros na região de Antônio Maria Coelho.
“Acho que foi uma hora e meia empurrando a bike. Mas se foi ruim pra mim, foi ruim pros outros também. Um pouquinho que você está melhor preparado faz diferença nessa hora”, afirmou Cleomedes, que ainda precisou superar um imprevisto durante a prova.
“Entrou um galho na minha roda e enroscou no cambio. Tive que parar, desenroscar tudo e isso foi na hora de acelerar, um pouco antes da entrada da serra. Tive que andar uns 3 km a fundo para conseguir chegar nos caras e, quando peguei, já no pé da serra, tive que manter a pulsação para subir mais ou menos juntos e definir depois”, contou.
“É muito bom cruzar a linha de chegada em primeiro. Já bati na trave por três anos. Essa é uma corrida dura, no final da temporada. Você se prepara o ano inteiro, vem cansado. Eu venho de um acidente onde fiquei três meses sem pedalar e isso de certa forma me ajudou, pois descansei bastante e quando voltei a treinar para essa corrida estava bem descansado”, completou o corredor.