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MIS lança documentário sobre mistérios que cercam Castelinho de Porto Murtinho


Inspirado pelas narrativas cercadas de mistério que cercam um dos mais significativos prédios históricos de Porto Murtinho, o vídeo documentário “Castelinho, a história de Thomaz e Virgínia”, dirigido pela jornalista Vanessa Ayala, será lançado no dia 4 de maio (sexta), às 19 horas, no Museu da Imagem e do Som da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. O evento tem entrada franca.

Localizado em Porto Murtinho, município que faz fronteira com o Paraguai, o Castelinho foi construído entre 1910 e 1914. É uma das primeiras construções da cidade que fica às margens do Rio Paraguai. Este monumento é marcado por uma história de amor e tragédia entre o jovem uruguaio Dom Thomaz Herrera e a nobre austríaca Virgínia. A fim de desvendar as lendas que cercam o local, a diretora investigou a fundo o que realmente aconteceu com os dois jovens, fazendo do seu trabalho de conclusão de curso uma investigação jornalística.

A história contada por moradores locais possui mais de 100 anos e relata a chegada de Thomaz Herrera, comerciante uruguaio, que escolheu a recém inexplorada Porto Murtinho para construir um futuro com sua amada Virgínia. Ele conheceu a austríaca durante o tempo que viveu na Europa, estudando em uma universidade francesa. Em pouco tempo se apaixonou pela moça que pertencia a uma família nobre austríaca. Porém, para se casar com Virgínia, deveria ter muitas posses, já que ela vinha de uma família afortunada.

Não concordando com o relacionamento da filha, os pais de Virgínia resolveram deportar Thomaz Herrera de volta para o Uruguai, já que tinham muita influência na Europa. Thomaz promete a sua amada que um dia iria voltar para buscá-la. Ao regressar, o jovem fica sabendo do porto em ascensão em Porto Murtinho e resolve começar suas atividades econômicas na inexplorada cidadezinha. Mas sempre pensando em sua amada, ele retorna à Europa e decide investir no seu relacionamento, prometendo construir um Castelo para ela, às margens do Rio Paraguai.

Neste período a Europa estava em conflito, com o surgimento da Primeira Guerra Mundial (1911 a 1914). Esses e outros fatores levaram a família de Virgínia a consentir no casamento com Dom Thomaz Herrera e a mudança da filha para o Brasil. A jovem era o centro das atenções na pequena vila para onde acabava de se mudar. Sempre com lindos trajes e vestidos importados, fazia grandes festas para suas amigas que a vinham visitar. Mas com o passar dos anos, Dom Thomaz começou a ter dificuldades financeiras, o comércio de exportação de pelos de animais, carne, erva mate e tanino foi interrompido devido a crises comerciais.

O uruguaio então tornou-se mascateiro (vendia as mercadorias em carro de boi) e ficava fora durante meses para poder comercializar. Longe da família, Virgínia ficou muito solitária e para ocupar o tempo dava aulas de piano e idiomas para os filhos de fazendeiros. Falido, Thomaz ficou abalado e para piorar a situação Virgínia supostamente o teria traído. Começaram a ter brigas e num desses desentendimentos, segundo conta a população, Thomaz tomado pelo ciúme, tirou a vida da esposa. E o corpo foi escondido no porão do Castelinho.

Com a tragédia o Castelinho ficou assombrado pelo fantasma de Virgínia, que desce as escadas com uma vela na mão, mexendo com o imaginário da população local. Em seguida, para honrar seus compromissos, Dom Thomaz decide alugar o Castelo e posteriormente o vende para o senhor Rafael Codorniz, que adquiriu o imóvel ainda inacabado. O Castelinho deveria ter quatro torres, mas devido a dificuldades financeiras, o antigo dono não teria terminado, ficando apenas com uma torre.

Na entrada principal pode-se observar a estrutura arquitetônica medieval, num estilo eclético. Passando pelos corredores até a escadaria percebe-se a cultura européia e a história viva em cada canto do local. O tempo passou mas os detalhes resistiram. Até mesmo o acervo que lá se encontra de documentos, móveis, o piano de Virgínia e pertences da atual família dona do Castelinho sobreviveram às duas grandes enchentes de 1979 e 1980, inundações que deixaram marcas nas paredes.

Existia muita prataria e porcelanas que foram se perdendo durante as cheias. Os móveis e todo o material da construção foram trazidos da Europa. O Castelinho era o único imóvel que tinha água encanada e energia elétrica na época. Através de pesquisa e entrevistas com pessoas que conviveram com Thomaz e Virgínia, Vanessa Ayala conta que o final da história foi outro. E esse final é revelado no vídeo documentário que tem duração de aproximadamente 20 minutos, narrado por moradores que viveram e conhecem a história do local.

Serviço: O documentário “Castelinho” será lançado no dia 4 de maio, às 19 horas, no Museu da Imagem e do Som, no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, Centro. A entrada é franca.

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