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Adriana Calcanhotto chega a Campo Grande com turnê internacional Errante neste sábado

Show “Errante” apresenta clássicos de Adriana Calcanhotto e faz homenagem a Gal Costa com repertório que traz músicas como “Esquadros” e “Livre do Amor”, eternizadas na voz da baiana


No sábado, 28 de outubro, às 19h, o Bosque Expo em Campo Grande será o palco de uma noite inesquecível com Adriana Calcanhotto. A cantora retorna à capital com sua aclamada turnê internacional "Errante" que já passou pela Europa e, agora, percorre diversas cidades do Brasil. Os ingressos estão disponíveis pelo site www.mktproduções.com.br.


No sábado, 28 de outubro, às 19h, o Bosque Expo em Campo Grande será o palco de uma noite inesquecível com Adriana Calcanhotto. A cantora retorna à capital com sua aclamada turnê internacional "Errante" que já passou pela Europa e, agora, percorre diversas cidades do Brasil. Os ingressos estão disponíveis pelo site www.mktproduções.com.br.

“Vai ser muito bom voltar, fazia tempo, sei lá, uns 10 anos que eu não vinha pra Campo Grande. Acredito que vai ser um grande encontro com os fãs, com as pessoas que curtem o meu trabalho”, afirma Adriana Calcanhotto, que deu o pontapé inicial à turnê na Europa, em maio deste ano. “Em Portugal, senti o que é voltar aos palcos, estrada. Acompanhada por uma banda que é um espetáculo até em silêncio, para ouvintes de língua portuguesa, o que resultou no melhor momento da minha vida. Chegou a vez do Brasil”, explica Adriana sobre a experiência do seu 13º álbum que marca também o seu retorno aos shows no pós-pandemia.


A turnê tem atraído a atenção da mídia, que destaca a riqueza musical da artista em cada apresentação com um repertório que vai das 11 canções que deram origem ao próprio álbum “Errante” até clássicos da sua discografia, como “Esquadros”, “Maresia”, “Vambora”, “Mais Feliz” e “Naquela Estação”. Essa última composta por João Donato, Caetano Veloso e Ronaldo Bastos que a compositora não canta desde a turnê de “Enguiço”, seu disco de estreia.


O show é uma viagem pela trajetória musical da artista e, também, por descobertas recentes (pessoais) de sua identidade que ela fez questão de levar ao palco e compartilhar com a plateia em forma de arte. É que em suas andanças pelo mundo observando e divertindo gente, Adriana descobre sua ascendência judaica, de origem sefaradi - da Península Ibérica.


“Entendi que se trata de questões de identidade, escolhas e não escolhas. As coisas que escolho como errar pelo mundo cantando canções, a descoberta que fiz ano passado sobre itinerância, por ter antepassados judeus”, afirma.


Nômade


Da construção do encarte - com fotos de passaportes de diferentes fases da vida da artista - até a escolha de “Errante” como nome do álbum e da turnê, tudo guia os fãs para esse desejo de Calcanhotto em retornar ao movimento, contato com o público e a sua expansão artística após o longo período afastada dos palcos em decorrência do lockdown.


“Ah, é incrível voltar porque é o lugar onde me sinto mais à vontade. Estava sentindo falta do palco e da interação com a plateia, a energia que rola ao vivo. Esse tipo de interação não acontece em live, é uma coisa diferente. Na verdade, só acontece quando tem plateia e palco, ali, tudo ao mesmo tempo”, afirma a Adriana que após o show de São Paulo, no dia 23 de outubro, já tem desembarque mais que aguardado na Cidade Morena. “Estou adorando voltar e não só à vida do palco, como à estrada. Estar em movimento.”


Por falar em constância, se há algo que ela desconhece é a inércia. Em “Errante”, Adriana não só canta como está à frente da direção do show, que conta com uma banda de músicos consagrados, são eles: Domenico Lancellotti (bateria), Guto Wirtti (baixo acústico), Jorge Continentino (saxofone, flauta e teclados), Diogo Gomes (trompete e flugelhorn), Marlon Sette (trombone) e Pedro Sá (guitarra). Este último músico, aliás, toca com ela desde a turnê “Gal: Coisas Sagradas Permanecem”, em homenagem à Gal Costa, que foi promovida em curta temporada - de abril a maio deste ano.


Em Campo Grande, vai dar para ter um gostinho do que foi essa maravilha de show com as interpretações de “Esquadros” e “Livre do Amor” que fazem parte do setlist de “Errante”. Canções que Gal adorava cantar e cujas composições são da cantora e, também, amiga Adriana.


Prova dos nove


“Como artista, eu aprendi com a Gal muito mais do que eu possa falar ou entender. Desde que eu descobri Gal, no final dos anos 1970, até hoje”, confidencia Calcanhotto, que traz ensinamentos para vida. “Como amiga, aprendi com ela a coisa da observação, de ficar quieta, ver as pessoas. Ela era muito íntegra, doce e amiga, realmente, uma pessoa leal. Foi importante para mim fazer as datas que me ofereceram, poder homenageá-la, passar um tempo da vida me dedicando só a ela, ouvir o repertório, suas entrevistas - que me ajudaram a assimilar essa perda, repentina e irreparável.”


Ainda falando de preciosidades em “Errante”, Adriana relembra como foi dar sonoridade às composições do novo trabalho a partir de violões que pertenceram à Nara Leão e Orlando Silva, outros dois grandes nomes da MPB.


“Achei legal levar o violão do Orlando e o da Nara para o estúdio para registrar o som deles no álbum Errante. Mas, eles ficam bem guardadinhos”, revela, em tom descontraído, a artista que prefere evitar colocá-los na estrada, seguindo à risca os ensinamentos de outro amigo baiano. “Aprendi com Gilberto Gil que instrumento de estrada é para estrada. Já tive a experiência de ter instrumentos preciosos em shows, como uma guitarra que o próprio Gil me deu. A gente fica com certa tensão quanto ao carregamento correto, se não quebrou, se chegou bem.”


Já com os pensamentos centrados em todos os detalhes do show, Adriana reservou novidades para o público. É a primeira vez que ela monta uma turnê com um naipe de sopro no palco.


Presentes em todas as canções, os metais trazem uma nova sonoridade aos arranjos executados no show. Detalhes que ela espera agradar o público durante sua segunda estadia pela cidade. “Foi muito legal ter ido praí, na ‘Noite da Poesia’, no começo do mês. Deu um gostinho de quero mais. Agora, chego com ‘Errante’, com uma banda maravilhosa e acredito que vai ser uma festa. Aproveito para convidar todo mundo, vai ser bem bonito. Já já eu tô aí de novo.”


Daqui a artista segue em sua grande turnê, com mais shows pelo Brasil. Em seguida, retorna para Europa e depois com agenda pelos Estados Unidos e Japão.


Serviço: Show de Adriana Calcanhotto - turnê internacional “Errante” - no sábado (28 de outubro), a partir das 20h, no Expo Bosque, Shopping Bosque dos Ipês que fica na Av. Cônsul Assaf Trad, 4796 - Parque dos Novos Estados. Ingressos acesse www.mktproduções.com.br. Informações pelo Instagram @mktproducoes.

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