Sempre fui do tipo de gente que admirava pessoas riscadas. Achava lindo, além de pensar que elas eram super descoladas. Isso na adolescência aflorou, ainda mais na minha época de coturno e roupas pretas. Até vou colocar Linkin Park para ouvir, estou temática por esses dias.
Quando fiquei mais velha e vi que podia realizar esse desejo, deu medo. Porque tinha descoberto o lúpus, não sabia qual reação meu organismo teria. Meu amigo até indicou tatuar uma pinta como teste. Já pensou? (Risos de nervoso)!
Minha primeira foi a palavra “SIM”, e um pássaro. Ninguém entende quando olha. Acredito que ninguém entende nenhuma das minhas tatuagens de cara. E, que bom! Fiz as escolhas certas, afinal todo risco tem uma bela história junto.
Meu sim foi junto com meu amigo, irmão de alma, cúmplice de vida. Fizemos iguais, sabe coisa de filme clichê? Pois é. Bateu um nervoso, me rabisquei toda de caneta porque não sabia onde iria escrever.
Ela saiu. Linda. Cicatrizou super bem. O significado é sim para vida, amigos, oportunidades, vivências, liberdade... Ahhh, porque sim é resposta! Nós sabemos!
Depois vieram outras: faith in life, (fé na vida). Uma homenagem para minha mãe: mãe... sou parte de sua vida e você é minha história inteira. Eu e meu irmão fizemos um dia antes do dia das mães, mesmo ela não gostando de tatuagem, ficou toda boba.
Ao todo tenho 17. Bom, ao menos foi o que contei, não tem como explicar cada uma aqui. Só queria deixar registrado que sou do time que marca a pele com significado profundo e complexo. Que um sim, significa mais que apenas uma permissão e sim uma libertação. Que meu “Cont;nue”, é muito mais que continue a viver.
Que “nada é pesado para quem tem asas”, minhas asas são extremamente fortes e corajosas. Que “A[MAR]”, não quer dizer somente sobre o verbo amar, mas com o mar e a intensidade das coisas, com a entrega, com a vida. Que meu “espírito livre”, diz tanto e ao mesmo tempo tão pouco sobre mim.
São vários riscos. A maioria são frases. Palavras. Assinaturas. Um dia ouvi que se juntasse tudo eu viraria um poema ambulante. Gostei do leitura que essa pessoa fez. Sou uma arte. Aliás, minhas duas últimas foram: she is art, e uma que resume praticamente esse texto todo: além do que se vê.
É isso, meus amores! Uma breve resumida sobre minha experiência sobre minhas marcas de tintas na pele. E vocês? E as experiências de vocês? Conta pra mim! :)
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