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Concha Acústica Helena Meirelles e projeto Som da Concha se consolidam espaço tradicional da música

Nos 122 anos de Campo Grande a Fundação de Cultura de Mato Grosso Sul destaca a importância de um espaço cultural que é um dos principais palcos da música sul-mato-grossense na Capital: a Concha Acústica Helena Meirelles.


Localizada no Parque das Nações Indígenas, ao lado do Museu de Arte Contemporânea, a Concha Acústica Helena Meirelles é um local que une a beleza de um dos pontos turísticos da Capital com uma moderna infraestrutura. Inaugurada em outubro de 2004, suas atividades culturais tiveram início oficializado com a abertura do Projeto Estação Cultura, no dia 13 de março de 2005, com show da Dama da Viola, Helena Meirelles.



Com auditório para 1.050 pessoas e teatro arena com 450 lugares, o espaço tem recebido nos últimos anos o caldeirão sonoro de Mato Grosso Sul com bandas de diversos estilos musicais. E é no seu palco que acontece o prestigiado Projeto Som da Concha, que leva quinzenalmente aos domingos ao público da Capital, dois shows de artistas ou bandas de Campo Grande e do interior do Estado. A seleção dos artistas é feita democraticamente por meio de inscrições em editais lançados anualmente pela Fundação de Cultura de MS.


Neste ano, o edital Som da Concha 2021 recebeu 241 inscrições. Através dele foram selecionados dez artistas e bandas para o show de abertura e dez para o show de encerramento. Os valores pagos pelos shows de abertura serão R$ 3.500 para apresentação com duração de 40 minutos e R$ 7.500 para apresentação com duração de 60 minutos cada para os shows de encerramento.


“Campo Grande conta com um cenário musical extremamente rico e variado. O segmento na nossa Capital é eclético, contemplando ritmos e estilos oriundos de diversas partes do País, fazendo com que essa mistura de sons torne o setor singular e motivo de orgulho para nossa população. Neste momento, espaços e ações de difusão musical, como a Concha Acústica Helena Meirelles e o Som da Concha, se tornam instrumentos de fortalecimento e disseminação da nossa música”, avalia o secretário estadual de Cidadania e Cultura, João César Mattogrosso.


Desde 2020 o projeto Som da Concha teve que que se adaptar aos novos tempos da pandemia do novo coronavírus. Adotou o formato de lives levando cultura musical do Estado às redes sociais além de viabilizar recursos técnicos para toda uma classe de profissionais da música divulgarem seus trabalhos diante do cenário do novo normal. Para celebrar o aniversário de 122 anos de Campo Grande dois artistas com trabalhos já reconhecidos em no Estado e em âmbito nacional, Miguelito e Gilson Espíndola e dois da nova geração, MC RCR e Dovalle, selecionados para participar do Som da Concha em 2021, falaram sobre a importância do projeto Som da Concha para a comunidade artística local e apresentaram algumas músicas que vão dar o tom da Concha Acústica Helena Meirelles neste segundo semestre do ano.


Miguelito


“O Som da Concha é um dos projetos mais procurados pelos músicos daqui. Todos querem participar dele porque já tem certo nome, tem público, principalmente agora que já vão começar os shows abertos, e ele ainda ajuda na parte financeira do músico. Ele totalmente ao vivo nas redes sociais é algo inédito para nós e muito importante porque muitas pessoas de fora o Estado podem assistir a cena da nossa música e interagir com a gente. Além de ser mais um canal de divulgação para o artista do Estado, eu o considero um dos projetos mais importantes do Estado porque ele é permanente, dá espaço para todos os estilos musicais e fica como um registro permanente da carreira do músico nos projetos e editais. O espaço da Concha Acústica Helena Meirelles é bem central, tem tudo a ver com Campo Grande e deve fazer parte do roteiro turístico da cidade e do Estado”.

Gilson Espíndola


“Este projeto Som da Concha em formato de live é muito bacana porque vêm ao encontro às necessidades do músico hoje, que não têm um local para mostrar o seu trabalho, e vêm ao encontro do novo normal. A Fundação de Cultura de MS está de parabéns por dar esse ponta pé inicial porque esse mundo digital, essas novas plataformas musicais que o artista tem para divulgação não volta mais para o que era antes. Esse passo que a fundação está dando para os novos projetos em investir nas novas plataformas digitais é muito importante pois auxilia o músico a fomentar a página virtual dele, a fazer um videoclipe de uma determinada música, não mais nos moldes do DVD. Eu mesmo gravei DVD pelo Fundo Municipal de Cultura no ano retrasado, e eles estão estocados porque é uma mídia que não se usa mais. Esse dinheiro poderia ter sido investido nos vídeos do meu canal do Youtube por exemplo. Eu acredito que os próximos projetos da fundação serão neste sentido. O Som da Concha é um projeto que está olhando para frente, e para esse novo normal nosso. Dou o maior apoio. Quando saiu o edital, eu concorri justamente pensando nisso, pois o mercado hoje é esse, voltado para o audiovisual e para as lives.”



MC RCR


“Na minha visão o projeto Som da Concha sempre foi algo visado por todos artistas regionais. O fato de em meio a uma pandemia mundial o projeto seguir trouxe um ânimo a mais para nós que estávamos parados em questão de apresentações e divulgação de novos trabalhos. O formato live foi muito explorado no decorrer desse período e nada mais justo do que isso refletir no Som da Concha. Fazer parte disso tudo e ao mesmo tempo fazer parte do movimento Hip Hop é algo que traz uma sede maior aos que estão na luta de viver da sua arte. Vi muitas pessoas que admiro me parabenizar por essa participação no Som da Concha e dizer que a importância disso pra cultura Hip Hop é grande. Escutar isso de pessoas consolidadas no movimento me faz sentir realizado e ansioso para essa apresentação”.


Dovalle


“O Som da Concha proporciona o espetáculo de arena, tem uma tradição importante e possibilita uma experiência para a música e para musicistas sul-mato-grossenses. Tocar em um projeto que é palco para a história da música de MS para mim é uma grande honra. Eu escrevo histórias para serem sentidas, e assim que coloco essas histórias no mundo, elas tomam vida. Apresentar o que faço para esse palco, sem dúvida é dar vida a essas canções, isso num lugar muito especial, de muito esmero. Talvez seja por isso que desde quando recebi a notícia da minha aprovação no projeto, além da honra, o sentimento é de construir e entregar um trabalho à altura. Sem dúvida é um marco para mim e minha banda Lambada Mecânica”


Por: Gisele Colombo / FCMS

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