Ter o dia do lixo; chutar o balde; e enfiar o pé na jaca, são algumas expressões populares que definem bem um dos pecados capitais: a gula! No entanto, celebrada no dia 26 de janeiro, o Dia da Gula tem como objetivo conscientizar a população sobre os problemas que a compulsão alimentar pode gerar para a saúde.
O transtorno psicológico tem como principal característica a ingestão de alimentos de forma exagerada, estando ou não com fome. Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Uniderp, Gislene Pereira, cada caso é individual. “A origem é variada e avaliada caso a caso, mas podemos listar algumas como a ansiedade, o luto,estresse, frustrações, pois a compulsão alimentar pode funcionar como suporte emocional”, diz.
A alimentação feita de forma descontrolada gera complicações na saúde e pode causar problemas respiratórios, deficiências nutricionais, alterações cardiovasculares e diabetes, por exemplo. A professora acrescenta que é importante manter, tanto o tratamento psicológico, quanto o nutricional, para que se tenha êxito nos resultados. “As duas áreas se complementam no tratamento, já que uma objetiva a identificação da causa e busca o bem-estar do paciente, e a outra vai investigar aspectos nutricionais e orientar para novos hábitos alimentares”.
A coordenadora do curso de Nutrição da Uniderp, Danielle Miron, diz que é possível ser saudável ao mesmo tempo em que se come algumas besteiras. “Há que se buscar o equilíbrio e ter em mente que tudo que é consumido em excesso traz prejuízos à saúde”, comenta a nutricionista. O acompanhamento da especialidade garante que o paciente aprenda a se alimentar da forma correta, sem privações desnecessárias e principalmente, sem medo de engordar.
“Dietas realizadas sem a orientação adequada podem sim provocar a compulsão alimentar. Geralmente, esses cardápios são muito restritos, o que aumenta a ocorrência de situações estresse físico e emocional. Assim, se a pessoa toma a decisão de ‘jacar’ e dar uma escapada da dieta, acaba por exagerar, ingerindo quantidades muito maiores de comida e isso acaba virando um ciclo”, pontua a professora.
Confira abaixo sinais listados pelos professores, que podem ser indicativos do transtorno:
Comer em excesso ou ter dificuldade em parar;
Se alimentar muito rápido;
Comer escondido;
Estar com sobrepeso ou obesidade;
Se sentir mal ou culpado após a alimentação;
Descontentamento com a autoimagem.
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Por: Michelle Araujo / Ascom Uniderp
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