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Engrenagem Urbana Redefine a MPB em “Espiral” e Questiona as Raízes da Música Brasileira

O novo álbum da banda Engrenagem Urbana, Espiral, que será lançado no dia 29 de novembro de 2024, desafia as convenções do que se pode chamar de música popular brasileira (MPB). Ao longo das oito faixas, o grupo de rap explora e funde estilos profundamente enraizados no Brasil, como pagode, afrobeat e, claro, o próprio rap, ampliando a definição de MPB e refletindo sobre o vasto espectro musical que compõe a identidade sonora nacional. O álbum estará disponível em todas as plataformas de streaming, e, no dia 8 de dezembro, a banda se apresenta ao vivo na Casa de Cultura Raul Seixas, na Zona Leste de São Paulo, em um show de lançamento gratuito.



Composto pelo produtor musical e tecladista Kiko de Sousa, o baterista Wopper Black, o baixista Matheus MxM e o vocalista MC Samuel Porfirio, o quarteto de Itaquera contou com colaborações de peso para a realização deste álbum. Entre os destaques estão Fernanda Agnes, do Grupo IMBA, que participa das faixas “Abraço” e “Espiral”. A música-título do álbum, que carrega a metáfora da espiral como um símbolo de evolução e transição, foi especialmente concebida com a contribuição de uma mulher trans, marcando um momento de reflexão e respeito às mudanças.


Tiê, uma das principais vozes da MPB contemporânea, também se une ao projeto na faixa “Duo”, uma canção que trata da dualidade do amor, explorando temas como gravidez e maternidade, e a relação entre somar e dividir com o outro. Já o pagode dos anos 90, um dos gêneros mais populares nas periferias de São Paulo, é representado por Marcelinho Freitas, ex-vocalista do Grupo Sem Compromisso, na faixa “Aprendiz”. Segundo o MC Samuel Porfirio, a participação de Freitas é um convite à reflexão sobre o que realmente define a MPB, já que o pagode foi, e ainda é, um dos estilos mais representativos das classes populares paulistanas.


O álbum também traz uma forte influência do afrobeat, um ritmo que atravessa gerações e forma a base de muitas vertentes da música brasileira. A cantora Anelis Assumpção, filha de Itamar Assumpção, aporta sua voz na faixa “23:59”, que aborda as complexidades dos relacionamentos.


Em “Sankofa”, a Engrenagem Urbana convoca Thaíde, uma das maiores figuras do hip hop brasileiro, para trazer um legado do rap nacional à tona. O termo "Sankofa", de origem africana, significa "voltar para buscar o que ficou para trás", e é uma filosofia que busca a sabedoria do passado para construir um futuro melhor. "O conceito é sempre voltar às origens e à essência", explica Samuel Porfirio, reforçando a ideia de que o rap, assim como outros estilos, faz parte da grande música popular brasileira.


Espiral é o quarto álbum da banda de Itaquera e será lançado com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, por meio do 7º edital de apoio à música. Para os paulistanos, a celebração do lançamento ocorrerá em grande estilo no dia 8 de dezembro, com um show gratuito na Casa de Cultura Raul Seixas, reunindo não apenas a banda, mas também as participações especiais de Thaíde, Tiê, Fernanda Agnes e d'Oliveira.


O convite está feito: Espiral vai além do que você imagina sobre a MPB, e vai desafiar as definições de música popular brasileira. Não perca!


Ouça o álbum "Espiral" nas plataformas de streaming: https://ingrv.es/espiral-sr1-g

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