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Exposição no Bioparque Pantanal é composta por obras selecionadas por edital da Fundação de Cultura

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul emprestou obras de artesanato de seu acervo para compor a exposição de artesanato que foi aberta ao público nesta terça-feira, no Bioparque Pantanal. As obras do acervo da Fundação de Cultura que compõem a exposição foram selecionadas pelo edital “Prêmio Artesanato de Referência Cultural Sul-Mato-Grossense”.


O edital premiou os cem melhores produtos de peças artesanais de referência cultural sul-mato-grossense e foi realizado em 2021 com o objetivo de manter a cultura viva e em circulação em tempo de restrições impostas pela pandemia mundial.


Estas belas peças de artesanato agora podem ser vistas pelos visitantes, que também contempla belíssimas peças do artesanato indígena do nosso Estado. A diretora do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, diz que a ideia de realizar a exposição foi “pela valorização dos povos indígenas, pela importância da divulgação de uma cultura tão rica e cheia de conhecimento. O Bioparque Pantanal tem um alcance mundial e divulgar o trabalho, a luta dos povos originários de Mato Grosso do Sul para nós é de grande valia”.

Maria Fernanda explica que as peças para a exposição foram escolhidas com muito cuidado, “buscando dar enfoque nos detalhes dos trabalhos de cada etnia. O valor cultural de cada peça é o que mais importa e poder mostrar isso para os visitantes é o nosso objetivo”.





“Essa parceria do Bioparque Pantanal com a Fundação de Cultura só tem a agregar para ambas as partes e quem ganha com isso é a população que passa pelo local. Além da valorização dos povos indígenas, falamos da preservação do meio ambiente. Somos a segunda maior população indígena do Brasil e as pessoas precisam saber disso, conhecer a história dos povos, suas lutas, sua cultura e, principalmente a importância de preservar o meio ambiente”, finaliza Maria Fernanda Balestieri.


Presente na abertura da exposição, o líder indígena Agnaldo Terena, da Aldeinha de Anastácio, é gestor operacional no gabinete da Secretaria de Cidadania e Cultura do Governo do Estado. Ele agradece ao secretário Eduardo Romero, ao presidente da Fundação de Cultura, Gustavo Cegonha, e à diretora do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, pela oportunidade de expor a arte e cultura dos povos tradicionais. “Para nós que fazemos parte dos povos originários, esta exposição representa muito porque dá visibilidade à nossa cultura, ao nosso povo, mostrando ao mundo que nós estamos vivos, que nós estamos resistentes, que o Estado de Mato Grosso do Sul, sendo o segundo maior em população indígena do País, nós fazemos parte dessa história aqui”.


“Temos que ressaltar a respeito do Aquífero Guarani, que passa aqui abaixo dos nossos pés, aqui nós estamos com a riqueza. Temos que preservar o meio ambiente. Tem o trabalho do Sulyvan Terena, que expõe os cocares feito de coletas de penas nativas, que futuramente não vai ter mais esta matéria-prima, se nós não cuidarmos do meio ambiente. Ele faz também um trabalho com sementes, que com as queimadas no pantanal, com o desmatamento, se a gente não cuidar, futuramente nós não vamos ter as sementes. E está exposto lá no Bioparque o trabalho dele”.


Eu também gostaria de falar sobre a nossa musa indígena do Bioparque, a Natiele Terena, ela é uma artesã consagrada para nós, o pai dela é jornalista, fez várias fotografias que estão na exposição, mostrando a história do nosso povo, das oito etnias que estão presentes em Mato Grosso do Sul. A Natiele fez na abertura da exposição um belo desfile mostrando os traços corporais, os vestidos e cocares feitos pelo Sulyvan. A exposição está aberta ao público, que poderá ver estas maravilhas”, encanta-se Agnaldo Terena.


Elaine de Arruda Flores, professora de Letras e Pedagoga, acompanhou os estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental do colégio Auxiliadora em visita à exposição no Bioparque Pantanal na manhã desta quarta-feira, 20 de julho de 2022. Ela trouxe seus alunos porque “vai enriquecer o que eles precisam saber e eu penso que eles vão levar pra vida os conhecimentos sobre a espécies animais, a preservação do meio ambiente. Achei a exposição muito criativa, enriquece muito o conhecimento das crianças, que não tinham noção de como era”.


O estudante José Alexandre Magalhães, 9 anos, depois de mandar um beijo para a sua mãe Kátia e dizer que a ama muito, disse ao ser entrevistado que achou a exposição “muito boa”. Seus amiguinhos José Eduardo Venturini Ferraz e Jorge Henrique Vidal Mendes, também de nove anos, acharam muito “real” a exposição. O que chamou a atenção dos dois meninos foram os fósseis. Eles não conheciam o artesanato indígena local, nunca tinham visto, e a exposição no Bioparque Pantanal foi uma oportunidade de as crianças apreciarem as peças, que acharam “bonitas e coloridas”.


Texto: Karina Lima / Divulgação

Fotos: Ricardo Gomes e Daniel Reino / Divulgação

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