A Marã Música lançou nesta sexta-feira (07) o EP "Pena", do projeto Furtacor, capitaneado pelo cantor e compositor Caio Villafanha Negro. Nascido em São Paulo-SP, Caio explora a música de maneira única, mesclando texturas, batidas e sonoridades envolventes e profundas. Suas composições combinam elementos orgânicos e eletrônicos, destacando seu violão percussivo, o que traz uma sonoridade moderna e autêntica.
"Iniciado em 2023, o projeto Furtacor busca integrar diferentes formas de arte, como música, teatro, vídeos e pinturas," comenta Caio. "A intenção é abrir espaço para diversas criações artísticas ao longo de sua trajetória."
O nome "Furtacor" deriva da palavra, furta-cor. A palavra se refere a um objeto que suas cores mudam de acordo com o ângulo de incidência da luz. Um objeto furta-cor é um objeto com uma cor cambiante. "Músicas que refletem suas cores". Assim surge o “Furtacor”, trazendo uma alusão às diferentes interpretações que uma música ou, até mesmo, histórias podem causar nas pessoas.
Caio começou sua carreira musical aos 10 anos, influenciado por seu pai e os estudos de violão clássico. Durante a adolescência, enveredou pelo rock e hardcore, e aos 22 anos, lançou seu primeiro álbum com a banda de metal/hardcore Brave as Titan. Após a dissolução da banda em 2015, ele fundou a banda Organa em 2017, que permanece ativa e se prepara para lançar um novo EP em 2025.
Em 2020, Caio começou a compor as faixas do projeto Furtacor, percebendo que tinha composições que não se encaixavam mais no estilo rock de sua banda. A proposta do Furtacor transita entre MPB, pop e alternativo. O primeiro lançamento, o EP "Desmonta", conta com três músicas e foi lançado em setembro de 2023.
Sobre o novo EP, Caio explica: "Os processos de composição são extensos e amadurecem ao longo de anos. A primeira música, 'Página', foi escrita em 2019, enquanto a última faixa, instrumental (e que será lançada no próximo EP), foi composta bem antes disso." As outras faixas surgiram durante a pandemia, período que ajudou a moldar a narrativa do EP.
O single "Pena", que dá nome ao EP, explora a necessidade de se desvincular do passado, com uma levada de violão enérgica e emotiva. "A música era originalmente um rock mais pesado, mas no violão, trouxe uma sonoridade mais particular," revela Caio. A faixa também conta com a participação do baterista Mauricio Scaramal (Naná), trazendo uma bateria acústica pela primeira vez ao projeto.
Caio destaca a colaboração com o produtor Rodrigo Coelho, que trouxe uma sonoridade imersiva com a presença de sintetizadores e elementos eletrônicos ao trabalho, que pode ser notada especialmente na faixa "Página": "A mistura de elementos orgânicos com elementos eletrônicos traz uma característica bem moderna e alternativa para as músicas. Rodrigo conseguiu preencher os espaços exatos que as músicas pediam," afirma.
Sobre suas influências musicais, Caio menciona a percussividade de Gilberto Gil, o emo/folk de City and Colour, e a introspecção de Castello Branco, entre outros. "As músicas deste lançamento estão bem sentimentais. Peço desculpas antecipadas se alguém chorar," brinca Caio.
O EP "Pena" chega com a expectativa de tocar profundamente os ouvintes. "Fiquei muito feliz com o resultado das gravações, as músicas chegaram onde eu queria chegar," conclui Caio Villafanha Negro, ansioso para compartilhar essa nova fase de seu projeto Furtacor com o público.
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