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Luke do dia - A última Escapada

Era um dia qualquer, em que Bárbara sonolenta levava o Luke para o xixi matinal no poste em frente a casa deles. Tudo ocorria bem, até Bárbara num lapso horrendo e custoso deixou a guia frouxa e esta caiu no chão. Pronto. O caos matinal estava instalado.


Luke sentiu a tensão diminuir em volta de seu pescoço e diferente de Bárbara, ele estava bem acordado. Começou, então, mais uma das perseguições ao cachorro. Ele saiu em direção a rua movimentada do bairro e logo na esquina quis fazer amizade. Uma moça inocente estava indo em direção ao trabalho.


Deixando a narração em terceira pessoa de lado, gritei para ela o meu clássico "Segura!", mas Luke entendeu que era para ele segurar a moça e o resultado foi ele pulando na mulher e pedindo um abraço. Ela desesperada (não julgo, eu também estaria), sacudiu as mãos e me olhou com cara de "Desculpa, não consegui" enquanto nós duas víamos ele descer em desabalada carreira para o movimento da rua.

Gritei um clássico "Mãe, o Luke Fugiu" e saí correndo atrás dele. A Bárbara sonolenta estava desesperada, correndo tão graciosamente como uma criança de dois anos de idade, tropeçando em tudo.


Pela rua ser uma ladeira, eu percebi que os carros estavam descendo mais devagar, pois, aparentemente um cachorro correndo na calçada e uma pessoa desesperada chamam atenção, mas, quem diria né? Já tinha corrido umas duas quadras quando cheguei ao quebra-molas da rua e TODOS os carros estavam segurando o trânsito pra mim.


Quando vejo um anjo em forma de motorista bate na lataria do carro e o Zé Curioso vai até ele. Grito "Ele está com guia!" e o cara segura e entrega pra mim. E mais uma vez o dia foi salvo por alguém aleatório que Deus colocou no meu caminho.


E estamos chegando ao fim das grandes fugas, agora só vale pontuar a última, em Março deste ano. Eu estava trabalhando até tarde e cheguei por volta das 22h em casa. Liguei para minha mãe perguntando se o Luke estava preso para eu entrar com o carro.


Ela afirmou que sim, e eu comecei a manobrar para entrar em casa, o telefone tocou e eu parei a manobra enquanto o portão abria, de repente o sensor de ré apita. O pensamento foi da destruição total do portão, mas um rabo preto e branco em formato de espanador fez com que eu falasse "meu cachorro fugiu, já te ligo" e deixasse o carro com as portas abertas.


Luke, tranquilamente regava as plantinhas com seu xixi quando me viu. Falei um "Já pra casa" toda nervosa e ele me olhou, deu pra sentir que ele ponderava não entrar, mas por um grande milagre ele obedeceu e foi preso. Não antes de eu acordar a vizinhança toda com "Manhê, o Luke Fugiu, ajuda aqui!"”

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