Kim Gordon reimagina “BYE BYE” com palavras censuradas pelo governo Trump

Kim Gordon lançou hoje “BYE BYE 25!”, uma releitura de “BYE BYE”, faixa de seu segundo álbum solo The Collective, aclamado pela crítica. Toda a arrecadação com a nova versão e a camiseta exclusiva será revertida para a organização NOISE FOR NOW, que atua na defesa dos direitos reprodutivos. Vale lembrar que tanto “BYE BYE” quanto The Collective foram indicados ao GRAMMY em 2025.

Sobre a criação de “BYE BYE 25!”, Gordon comentou: (O produtor e colaborador) Justin Raisen teve a ideia de refazer ‘Bye Bye’ começando pelo fim da música. Quando pensei em novas ideias de letra, me ocorreu usar palavras de um site que reúne termos banidos pelo governo Trump — ou seja, qualquer pesquisa ou projeto que contenha essas palavras seria imediatamente desconsiderado ou “cancelado”. Acho que o Trump realmente acredita em cancelamento, já que ele está literalmente tentando cancelar a cultura.”

A nova versão chega acompanhada de um videoclipe dirigido por Vice Cooler e pela própria Kim Gordon.

Trump tem usado a expressão “cancel culture” como ferramenta política e código velado para alimentar pautas de ressentimento branco, defesa de papéis de gênero tradicionais, ataques à comunidade LGBTQ+ e hostilidade contra movimentos por justiça racial – muitas vezes sem declarar isso abertamente.

Entre as palavras ditas por Gordon em “BYE BYE 25!” que vêm sendo apagadas sob essa agenda estão: ADVOCATE, CLIMATE CHANGE, FEMALE, HISPANIC, IMMIGRANTS, INTERSEX, MALE-DOMINATED, MENTAL HEALTH, NON-CONFORMING, TRAUMA, UTERUS, VICTIM, WOMEN.

Diversas agências e instituições já foram afetadas por essas políticas, como CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), HHS (Departamento de Saúde e Serviços Humanos), NSF (Fundação Nacional de Ciência), DoD (Departamento de Defesa), NASA, entre outras.