Campo Grande é uma cidade culturalmente rica. Além das belezas naturais, que proporcionam as mais belas paisagens da mistura entre a fauna, flora e as características de uma capital em desenvolvimento, os monumentos históricos e obras de arte completam o cenário singular.
Para valorizar e disseminar a cultura por meio dos patrimônios da Capital, a Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), lançou na quinta-feira, 10 de novembro de 2022, a terceira edição do livro “Marcos e Monumentos Históricos de Campo Grande”.
Entre os 66 marcos e monumentos disponíveis no livro, quatro são de autoria do artista plástico campo-grandense Cleir, que também tem sua biografia apresentada no registro histórico.
Monumento das Araras – Inaugurada em 1996 a obra de 10 metros de altura e construída com concreto armado chama atenção para a necessidade de preservação das aves avistadas constantemente no céu de Mato Grosso do Sul. A representação de duas araras azuis e uma vermelha encanta turistas e moradores que passam pela Rua Dom Aquino.
Em 2020, a obra passou por revitalização ao integrar o Projeto Do Mesmo Sangue, realizado em parceria entre a Prefeitura de Campo Grande, Hemosul e Sicredi, onde as aves receberam nova pintura de acordo com as doações de sangue recebidas pelo Hemosul.
Monumento Pantanal Sul (Tuiuiús do Aeroporto) – Inaugurado no ano 2000 o monumento traz três tuiuiús – ave símbolo do Pantanal, como símbolo de boas-vindas a quem chega à Capital. Localizadas na Avenida Duque de Caxias, em frente ao Aeroporto, as aves contam com 6 metros de altura e 12 de envergadura das asas. Construída em concreto armado, a obra foi revitalizada em 2017 por meio de parceria da Infraero e Sicredi.
Estátua Themis – Segundo a mitologia, Themis é a deusa guardiã do juramento dos homens. Representando a justiça, a obra inaugurada em 2002 está localizada no Fórum Heitor de Medeiros. A obra feita em concreto armado tem 5 metros de altura.
Monumento do Sobá – Um dos pratos mais apreciados pelos moradores e visitantes, o sobá é típico da culinária oriental e em 2009 a obra foi lançada para homenagear a colônia japonesa residente em Mato Grosso do Sul – sendo a terceira maior colônia do Brasil.
Com 4,5 metros e detalhes da iluminação que remetem ao vapor do prato servido quente, a obra está localizada na entrada da Feira Central, na Rua 14 de Julho.
“É uma grande honra contar com algumas das obras de minha autoria nesse importante registro. Valorizar a cultura e a arte da nossa cidade é fortalecer os vínculos da população com as nossas tradições e com a representação de cada criação. Parabenizo aos responsáveis pela iniciativa, pois, esse registro dissemina nossos patrimônios, além de fortalecer o respeito e a admiração pela cultura regional”, avalia Cleir.
De acordo com o titular da Sectur, Max Freitas, o livro Marcos e Monumentos Históricos de Campo Grande é uma produção há muito tempo aguardada tanto pelos profissionais que atuam na área do patrimônio cultural quanto pela comunidade campo-grandense em geral, que se interesse pelo tema. Os monumentos estão dispostos em ordem cronológica, com a intenção de facilitar a consulta por parte do leitor. As pesquisas realizadas para a revisão e ampliação, tanto bibliográficas quanto por meio de entrevistas com os artistas (quando possível), permitem maior detalhamento técnico, captando, inclusive, aspectos mais subjetivos, como a motivação da criação da obra.
“Muitos dos monumentos construídos em Campo Grande fazem referência a figuras importantes no desenvolvimento de nossa cidade e que nem sempre são conhecidas pelas pessoas. Então esse material é riquíssimo para que a população saiba mais sobre nossas origens, ao mesmo tempo em que servirá como um guia para aqueles que visitam a cidade e procuram locais para visitar”, destaca o secretário municipal.
A realização do material conta com apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. Além da versão impressa, o arquivo do livro está disponível no site da Sectur (www.campogrande.ms.gov.br/sectur).
Sobre o artista – Com quase 40 anos de carreira, Cleir Ávila Ferreira Júnior é sul-mato-grossense e iniciou sua carreira aos 18 anos. Autodidata, sempre se inspirou na fauna e flora do cerrado, sua grande paixão e faz questão de exaltar a natureza em suas obras espalhadas por todo o Estado por meio de monumentos e painéis. Além de Campo Grande, Rio Verde do MT, Bonito, Dourados, Ladário, Corumbá, Alcinópolis, Três Lagoas, Ladário, Bodoquena e Bataguassu são alguns dos municípios a contar com a marca do artista, que recentemente levou sua marca ao Paraná. Em Arapongas, construiu seu maior acervo de obras, com esculturas de aves que representam os nomes das ruas do município que ostenta o título de ‘Cidade dos Pássaros’. Mais sobre Cleir no Instagram @cleirart
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