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Papo de Mãe: Sair de casa

Atualizado: 25 de mar. de 2022

Há 8 eu chegava em Umuarama para um teste profissional. Na outra semana, me mudava para a cidade, sem conhecer ninguém.


Hoje fiquei pensando em como sair de casa, pela primeira vez, é uma série de renúncias.

Não é só deixar a família para trás (e isso é o que mais dói), mas a gente deixa também uma parte da nossa história. Deixa cheiros que só a cidade tem, deixa sabores de comidas, endereços que visitava, lugares que tem lembram de algo.


Porque a gente pode até voltar a passar por esses lugares, mas não será como antes. É uma mudança, não só de local, mas interna. Que nos fortalece e, em muitos casos, nos faz ver uma realidade que parecia muito distante.


Quando sai de casa, deixei minha histórias para trás, amigos, família e minhas vivências. Deixei lugares que faziam parte da minha história, endereços que complementavam quem eu era. Deixei uma Natalia para virar outra.


É incrível porque não nos contam o quanto isso é transformador. E o quanto começar a vida longe de todos nem sempre é fácil, mas vale a pena. Hoje eu sei que precisei deixar coisas e pessoas para trás para que a vida pudesse continuar, para que histórias pudessem ter fim e que pra existisse recomeços em minha vida.


Recomeços que me fizeram ser forte, que me deram um novo rumo e que me fizeram ser quem sou hoje. Talvez, a Natália de 8 anos atrás não tivesse noção do que estava por vir quando ela disse que estava pronta para a vaga de emprego. Mas, eu queria dizer para ela, deu tudo certo mesmo quando tudo pareceu dar errado, mesmo quando os desafios eram grandes ou quando você embarcou naquele ônibus, deixando tanta gente pra trás, indo atrás de um sonho. Deu certo e está dando.

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