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Date comigo mesma...

Quantas vezes você já se levou para sair? Eu já fui para o cinema, comi comida de chef, bares, baladas, fiz mochilão e até fui em lugares-que-não-posso-contar ainda nessa coluna (porque possivelmente minha família está lendo rs).

Passei minhas férias de janeiro em Campo Grande. Isolada ao máximo que deu, vi alguns poucos amigos e curti o tempo com a minha família. Mas como boa boemia que sou, precisei escapar para um barzinho, sozinha, curtir minha cerveja e pensar na vida.

Mas pera... Sozinha? No bar? Sendo mulher e não um velho bêbado?


Foi como eu me senti quando pedi uma garrafa da minha atual cerveja preferida (Ribeirão) em um bar bem conhecido de Campo Grande, daqueles alternativos que ficam no centro e tem nome de mulher, sabe? A dona me atendeu e me questionou, por longos 5 minutos, se eu tinha certeza que beberia sozinha. Ela achou aquilo estranho, mas ao mesmo tempo incrível.

“Você não é daqui né moça?’’


“Mas tudo bem, pode sentar, porque sozinha você não vai ficar”


Sim, eu realmente queria ficar sozinha. Mas também já saí sozinha sem querer, e tá tudo bem. E para você que é homem, e está lendo isso aqui, pode parecer que fazer ‘date consigo mesma’ nem é tão importante assim, mas é viu.


Eu tenho um bar preferido em SP, bem ali na frente da Gazeta, onde os garçons já me conhecem e eu costumo ir com meu fone de ouvido, ouvir minhas músicas e curtir minha própria companhia de pé, enquanto vejo a cidade passar. Fico orgulhosa quando eles me dizem: “Faz tempo que você não vem, muito trabalho?”.


Então, queria trazer esse questionamento por aqui. Você costuma sair sozinha? E para que tipo de rolê?


Meu primeiro date comigo mesma foi em um cinema, há muitos anos atrás. Fiquei receosa de início, sentei próxima ao corredor, para não ficar tão explícito que não tinha ninguém me levando para ver filme naquele dia. Demorei para me empoderar, confesso...


Mas daí aprendi a ir em shows sozinha, dançar forró na rua em São Paulo e até comer em um restaurante daqueles chiques, com chefs renomados, que os casais vão para serem pedidos/ou pedirem em casamento, sabe?


Em 2017, na data que completou um ano da perda da minha mãe e de um ano muito bosta, eu resolvi que queria me conectar a mim mesma. Botei uma mochila nas costas e em um mês eu conheci 4 países e tanta gente bacana, que estão na minha vida até hoje. E posso dizer, com toda a certeza, que sair sozinha e me juntar a tantas pessoas diferentes me dá a energia que preciso para superar a saudade do aconchego do lar.


Tem gente que pode achar isso solitário. Mas eu, como boa geminiana e jornalista que sou, volto para casa realizada a cada nova história que ouço. Ou a cada novo ser humano que conheço.


Então, se eu puder dar um conselho é: façam dates consigo mesmas.

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