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No combate à COVID-19, campanha une fotografia e solidariedade em Mato Grosso do Sul

Em prol de quem está mais vulnerável na pandemia, 100FotosParaMS surge para integrar rede brasileira de iniciativas solidárias

Imagine uma galeria com 100 fotografias, doadas por 100 artistas e à venda por R$100 cada uma. Essa ideia está sendo colocada em prática, e o melhor: todo o lucro arrecadado será doado a uma instituição social sul-mato-grossense.

No momento em que uma grave pandemia atinge a todos ao redor do mundo, uma campanha beneficente criada na Itália veio para o Brasil se espalhando por vários estados, como São Paulo, Pará, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e chega a Mato Grosso do Sul. Grupos de artistas visuais estão se unindo e doando suas obras para serem vendidas em galerias virtuais, com todo o lucro revertido em doações a quem está enfrentando maior dificuldade para se proteger do coronavírus.




Com o objetivo de minimizar os impactos causados pela pandemia, artistas de várias cidades do estado aderiram ao projeto e doaram uma fotografia, integrando a galeria virtual da campanha com previsão de lançamento no dia 1º de julho e duração de 30 dias. A iniciativa partiu da fotógrafa nova-andradinense Aline Teodoro, que convidou amigos de várias cidades e áreas profissionais para criarem a campanha. Ela conta que já se questionava sobre como ajudar, sem ter que sair de casa, grupos em situação de vulnerabilidade social, e ao ver as campanhas de outras capitais encontrou a resposta que buscava. “Eu estava me perguntando já há algum tempo o que nós, que estamos em casa com segurança, conforto e tempo disponível, poderíamos fazer pra ajudar quem não tem as mesmas condições que a gente, sabe? Quando eu vi no instagram as campanhas solidárias que os fotógrafos estavam fazendo nos outros estados, tive a ideia de fazer aqui também”, conta a artista.

Em Mato Grosso do Sul, a entidade escolhida para receber os recursos arrecadados foi a CUFA, Central Única das Favelas, coletivo que desenvolve ações assistenciais em comunidades periféricas na capital e tem expandido sua atuação para cidades do interior, como Dourados e Três Lagoas. Além de beneficiar quem está mais vulnerável ao contágio do coronavírus, a campanha tem outro resultado positivo: dar visibilidade à produção fotográfica do estado. Para Aline a ação “fortalece a arte e a cultura do estado, divulgando o trabalho de 100 artistas e conectando essa rede”, garante. A fotógrafa lembra ainda que além de artistas sul-mato-grossenses, também estão participando artistas de outros estados como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

Camila Vilar é uma das artistas que aderiram ao 100FotosParaMS, campanha que para ela é uma oportunidade de exercer a empatia. “Durante essa quarentena aprendi o quão importante é nos inserirmos em ações de voluntariado para aprendermos a ter uma visão de outras realidades além da nossa. Nessa campanha sinto que a arte vai ser uma forma de mostrar esses outros cenários. E se a população conseguir acreditar nas fotos e na ideia da campanha, vai ser uma forma de mostrar que existem artistas incríveis, sim, no estado”, considera.

A venda das obras acontecerá no próprio site da campanha, e sem limite de cópias. Isso significa que várias pessoas poderão escolher a mesma fotografia, e que o comprador também poderá adquirir mais de uma impressão da mesma obra, caso queira. O próximo passo, após o encerramento do período de vendas e o repasse do lucro para a entidade apoiada, é a impressão e o envio das fotografias, mas isso só será feito quando for seguro para todos, devido ao coronavírus. “Quem comprar pode ficar tranquilo que vai receber. A gente só precisa seguir alguns cuidados para garantir a segurança da nossa equipe e até de quem vai receber essa encomenda em casa”, pontua Aline.

E a equipe 100FotosParaMS, segue buscando a parceria de empresas e instituições que queiram apoiar de alguma maneira a campanha, que tem custos, apesar de ser beneficente. O jornalista Gustavo Maia, que também participa do projeto, lembra que “todo mundo da equipe é voluntário, mas a campanha tem alguns gastos inevitáveis, como taxas cobradas pelo site, seguro das operações de venda, a impressão das fotos e o envio pelos correios, por exemplo. São coisas que a gente vai ter que pagar. A gente espera que os empresários, ao verem a causa da nossa campanha, se sensibilizem e venham somar com a gente”.

Para visitar a galeria e comprar as obras, basta acessar www.100FotosParaMS.com.br. As fotografias também estão disponíveis no perfil instagram.com/100fotosparams. E quem não puder comprar, ainda pode ajudar compartilhando, pois, como diz o slogan da campanha “não podemos estar perto, mas podemos estar juntos!”.


Fotos:


Refúgio em Calcutá (Marcelo Buainain)

O Menino e a Água (Raique Moura)

Jugo (Mariana Arndt)

Iansã, mãe do entardecer (Camila Vilar)


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