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CORES DA VIDA: Por que tomar vacina?

Atualizado: 31 de jan. de 2022

Você já se vacinou? Sabe a importância da vacina? Conhece quem se vacinou recentemente? São perguntas importantes nos dias atuais. Na verdade, a vacinação é algo de extrema valia para nós. E vamos falar um pouco sobre isso hoje.


Mas, existem as pessoas que são do time contra, que não cedem e não querem de forma alguma. O que fazer? Bom, vou relatar minha história e quem sabe, você que esteja lendo, se for desse time, mude de ideia.


Aryana e a vacina

Quando criança sempre vacinei normalmente. Adorava ir nas escolas em campanha de vacinação e abraçar o Zé gotinha. Lembro que uma vez fizeram mutirão de vacinação na escola, e acabei vacinando duas vezes contra a febre amarela. Não aconteceu nada, para os curiosos. Não que eu me lembre.


Em 2010, no auge da gripe, onde todos estavam vacinando e se protegendo da H1N1, tomei a vacina em maio. Porém algo em meu organismo não reagiu bem e eu tive minha primeira crise do lúpus. Foi horrível. Ao todo 45 dias de internação, incluindo UTI -Unidade de Terapia Intensiva e UCO - Unidade Coronariana.


Enfim, tive que tomar a do tétano pois precisei fazer uma cirurgia de risco e era obrigatório. Mesmo com medo, tomei.


Acredite se quiser, mas posso fazer exames de sangue frequentemente, coletar várias amostras e mesmo assim tenho pavor de injeção. Não sei qual a lógica disso.


Eis que surgiu um vírus mundialmente mortal.


Convid-19


Lembro das primeiras notícias dele. Era perto do carnaval e eu ia viajar. Veio o medo. Veio o receio. Veio a preocupação. Não fui. Em seguida estourou no Brasil. Toda aquela incerteza, todo aquele desespero. Até porque tudo o que é novo nos traz um medo.


Minha imunidade não é boa. Qualquer “gripezinha” que eu pegue, pode virar pneumonia. E do nada, pessoas morrendo sem oxigênio, sem nem ao menos terem a chance de lutar, pois não haviam armas suficientes.


Eu, Aryana, havia acabado de sair de uma depressão. De um isolamento, de um casulo. Fui obrigada a voltar para ele. Na verdade, como diz minha mãe: "vontade de te colocar em uma bolha”. É isso.


Dia desses me perguntaram como é ter uma doença autoimune no meio de uma pandemia. É desesperador. Na verdade, é apavorante para todos. O que “agrava” mais a situação é que meu organismo não reage bem a diversas medicações e alguns tratamentos.


Não soube lidar no começo, confesso. Crises de ansiedade e até de pânico. Era terrível. Qualquer sintoma era exame.O teste do cotonete já fiz diversos. Era a premissa que: melhor prevenir do que remediar. Em dezembro de 2020 tive meu primeiro contato com um positivo. Eu estava com pneumonia e minha saturação baixa. Todos estavam com toda certeza que era Covid, mas eu não havia tido contato com ninguém. Mas a situação estava precária.


Lembro que quando cheguei ao hospital, em questão de segundos isolaram minhas coisas, fizeram exames e raio-x do tórax. Foi apavorante. Eu estava dividindo um balão de oxigênio com um cara que estava quase para ser entubado. Eu chorava e dizia que eu não estava com o vírus. Graças a Deus, mesmo com esse contato, não peguei.


Foram meses de renúncia tanto minha como de muitas pessoas. Infelizmente, perdi pessoas queridas. Infelizmente muitas pessoas não tiveram a chance de lutar, ou lutaram e perderam.


Em maio deste ano tomei minha primeira dose da vacina. Estava com dois laudos. O medo de tomar era gigante. Lembrei como foi em 2010 quando tomei da H1N1 e fiquei internada por mais de um mês. O receio veio. Mas e aí? Até quando ficar refém de algo invisível e mortal? Arrisquei. Fiquei uma semana ruim. Por mais que falaram que a vacina que tomei não dava reação. Tive todas. Mas teria novamente.


Hoje, dia 7 de julho, tomei a segunda dose de esperança. Segunda dose de uma segunda chance de continuar trilhando meu caminho. Sou grata, abençoada e feliz por isso. Hoje, recebi a segunda dose de amor à ciência e dos profissionais envolvidos. A segunda dose de possibilidades a serem alcançadas. A segunda dose de fé.


E meu presente foi em dobro, eu e minha mãe nos vacinamos juntas. A primeira e a segunda dose. Só tenho que agradecer e deixar meu relato: vai com medo de agulha, medo das reações, mas vai. A vacina não é roupa que ficamos vendo nas vitrines para escolher, apenas tome, todas são eficazes. Vacine-se. Se cuide. Mais de 500 mil pessoas não conseguiram ter essa oportunidade, não deixe sua vez passar.


Viva o SUS. Viva a Ciência!


Texto dedicado a todos que tiveram alguma perda nessa pandemia, meu abraço virtual enviado. <3



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