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“Eu vejo o futuro repetir o passado desde 1917”

Atualizado: 25 de jun. de 2020


[Este artigo contém informações históricas e revelações sobre o enredo do longa-metragem “1917”, se você não liga para ‘spoilers’ e gosta de uma boa “história” então aqui é o seu lugar!]

TERCEIRA GUERRA MUNDIAL?!

Já no dia 03 de janeiro, o presidente americano Donald Trump passou o seu primeiro “Sextou” de 2020 comemorando um ataque feito por drones no Irã e que resultou na morte de um dos líderes do governo iraniano, Qassem Soleimani. As questões que levam os EUA a colidir com o Irã são várias, desde petróleo, influência eleitoral e até mesmo a política com Israel. Mas a pergunta que fica é: isso é realmente necessário?

Provavelmente os Estados Unidos não precisem de uma guerra agora, mas seu presidente Trump talvez precise de uma para segurar as pontas do processo de impeachment, contudo o negócio da guerra não é bom pro país, aliás, “guerra não é bom pra ninguém, nunca!”. As relações internacionais entre os países e com a Organização das Nações Unidas ficam cada vez mais delicadas e é legal citar a ONU aqui porque a mesma foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial justamente para impedir que a humanidade tivesse outra Grande Guerra e que não repetíssemos os erros do passado, mas será que estamos mesmo evitando uma guerra em escala global quando não conseguimos evitar nem mesmo as pequenas guerras em nossas vidas diárias? Você tem presenciado pequenas guerras em redes sociais e grupos de ‘whatsapp’? Você tem evitado discutir com as pessoas ou tem mostrado o seu lado mais sensato?

A Primeira GRANDE Guerra

O filme 1917 do diretor Sam Mendes, conquistou a crítica pela técnica aplicada no longa-metragem, por fazer a narrativa do roteiro se destacar diante da movimentação da câmera e por criar e contar sua história no estilo “one-shot-take”, ou seja, no estilo de desenvolvimento em um único corte de câmera onde o enquadramento e movimentação nos colocam dentro do suspense do cenário e a trilha sonora magnificamente nos envolve até os nervos. Essa obra da sétima arte já ganhou 2 Globos de Ouro por Melhor Filme e Melhor Diretor ainda vai ao Oscar 2020 concorrendo em 10 categorias.

A Primeira Guerra Mundial, como ficou conhecida depois do início da Segunda Guerra, teve início logo após o assassinato do arquiduque Francisco Fernando do império da Áustria-Hungria. Esse assassinato foi o ápice da tensão entre os impérios europeus em junho de 1914 e resultou no ultimato (não o dos vingadores!) entre a Áustria-Hungria e o Reino da Sérvia, e cada lado então começou a convocar seus aliados e reivindicar seus apoios para entrar em guerra. Depois de forjarem suas alianças e combinarem suas cartinhas de objetivos do jogo “War”, os times eram os aliados da “Tríplice Entente”, formada pelo Reino Unido, França e Rússia, contra o time dos Impérios Centrais chamado “Tríplice Aliança”, formada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália até os italianos virarem a casaca e se juntar à Tríplice Entente.

Essa não foi uma guerra comum... essa guerra durou praticamente 4 anos, de 1914 até 1918, e tiveram dois fatores que fizeram dessa guerra ser também chamada de “Guerra das Guerras!”, porque devido à proporção de interesse nessa guerra ela se tornou algo em escala Global (e não tem nada a ver com a emissora!), a primeira a movimentar essa quantidade de nações e o segundo fator é a ciência que foi usada para avançar as armas da época. A Metralhadora é basicamente um Pokémon evoluído de um Rifle de Combate porque tinha muitos mais tiros por segundo e matava muito mais. E também a evolução dos Gases, que estavam banidos em convenção, mas o acordo de arma tóxicas foi completamente ignorado e surgiu o famoso “Gás Mostarda” e também o “Gás do Vômito” que era capazes de através até as máscaras de gases inventadas na época. Enquanto uma guerra comum e direta entre apenas duas nações produzia uma média de 1 ou 2 milhões de mortos, essa Primeira Guerra Mundial gerou aproximadamente 20 milhões de mortos e 21 milhões de feridos, aleijados e amputados de ambos os lados.

1917 apenas conta uma história possivelmente fictícia, mas com personagens históricos e adaptados, dentro do cenário da Primeira Guerra e os dois personagens principais são o Cabo William Schofield, vivido por George MacKay, e seu colega Cabo Tom Blake, vivido por Dean-Charles Chapman (o “Tommen Baratheon” de Game of Thrones). Esse dois Cabos ingleses tem uma missão muito difícil e muito importante num episódio decisivo da guerra em não cair numa armadilha do inimigo e salvar muitas vidas de tropas aliadas, mas a beleza da narrativa não está no final dela e sim no percurso.

À 100 anos e à beira do mesmo problema!

Talvez seja preciso entender muitas coisas antes de evitar uma guerra ou um conflito. Entender que os países que escolhem fazer parte da ONU também firmam um contrato de manutenção que exige que seja cumprido e assegurado a “Declaração Universal do Direitos Humanos” e nela o livre exercício de respeito para cada indivíduo conseguir viver com dignidade apenas estando sujeito à liberdade de ser em si mesmo uma pessoa do bem e sujeito à respeitar a liberdade do próximo independente de sua crença, religião e valores que não afetem o bem estar comum e social. Muito complexo? Talvez... Mas nosso problema é cultural já que temos séculos de conflitos desde Caim e Abel, ou de Gregos e Troianos, ou de Romanos e Cristão, ou de Cristãos e Muçulmanos, ou de Leão e Castela, ou de Portugueses e Espanhóis, ou de Portugueses e Índios... acho que já deu pra entender né?!

Será que podemos quebrar essa corrente de ódio decadente e que nos leva a falta de empatia?! Será que podemos evitar um mal maior de um outro erro aprendendo com o nosso passado? Será que podemos melhorar nossas vidas em nossa sociedade e melhorar nosso IDH e nosso nível cultural para prosperar e viver melhor... Será?

Para aqueles que se dizem sensatos, para aqueles que se dizem civilizados, para aqueles que dizem seguir a lei máxima do respeito e do amor, seja de Cristo, de Buda, de Alá, de Rastafari, de Nietzsche ou de Freud... Segue uma tradução de um sermão de um pastor presbiteriano que lutou contra uma guerra pior que a do imperialismo, ele lutou a guerra do preconceito e do ódio racial do Apartheid e venceu através da luta por seu “Sonho” de igualdade, mas pra isso teve muita reflexão e evolução da parte dele. O sermão é o “AME SEUS INIMIGOS” e por mais que seja clichê, devemos refletir profundamente no que significa o sonho de PAZ do maior herói negro, Martin Luther King Jr:

“Vamos do como praticar para o teórico porquê: Por quê devemos amar nossos inimigos? A primeira razão é justamente óbvia. Devolver o ódio com ódio multiplica o ódio, adicionando uma escuridão mais densa a uma noite já decadente de estrelas. A Escuridão não pode expulsar a escuridão; só a luz pode fazer isso. O Ódio não pode expulsar o ódio; só o amor por fazer isso.

Ódio multiplica ódio, violência multiplica violência, e dificuldade multiplica a dificuldade em um espiral decadente de destruição. Então quando Jesus diz ‘Ama teus inimigos’, ele está estabelecendo uma profunda, suprema e inescapável advertência. Será que não chegamos ao impasse moderno em que devemos amar nossos inimigos – ou então? A reação em cadeia do mal – ódio gerando ódio, guerras produzindo mais guerras – deve ser quebrada, ou nós iremos ser colocados em um abismo obscuro de aniquilação.” (tradução livre deste autor)

Eu sou Thales Vieira e meu Sonho é viver a PAZ do Amor e do Perdão!

*PS: Muito obrigado àqueles que leem o texto até o final! Desejo toda Boa Sorte do Mundo à vocês e que sigam em frente evoluindo e derrotando o ódio alheio com Amor!

Forte Abraço.

* A coluna "Cinema nos mínimos D'Thales" é de autoria de Thales Vieira e todo seu conteúdo é de crédito e responsabilidade do autor.

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