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#EUsouMS Entrevista: Dan

Atualizado: 6 de ago. de 2021

Natural de Campo Grande, Dan é um dos grandes expoentes da nova Street Art de Mato Grosso do Sul. O artista, que é representado pela Galeria MEIA SETE, produz murais, telas, toys e itens de vestuário, imprimindo o seu estilo único e experimental em suas criações. Com trabalhos espalhados em várias cidades do Brasil e do mundo, o artista chama a atenção por utilizar diferentes técnicas em suas peças. As criações de Dan mesclam técnicas do grafite tradicional com pinturas. Entre pincéis, latas de spray e canetas Dan tem espalhado e impressionado com a sua arte pelos grandes centros do País. Confira a entrevista que o #EUsouMS fez com ele:


#EUsouMS – Primeiramente conta para a gente um pouco da sua história, quando foi o seu primeiro start para a arte, quando começou a desenhar, grafitar e quando teve o real estalo “tá aí, é isso que quero fazer”?

Desde pequeno eu gostava de desenhar e de pintar. E isso se tornou um trabalho depois de bem mais velho. Grafite na rua eu pinto há 9 anos. Como artista plástico, quando eu larguei tudo e eu disse: eu vou ir pra cima, vou viver disso tem mais ou menos 3 ou 4 anos que eu larguei tudo.

#EUsouMS – Você é de Mato Grosso do Sul e hoje se destaca em todo o Brasil. Como foi esse caminho? Como é ser um dos grandes representantes do grafite de MS?

Desde pequeno eu pinto e quando eu comecei a trabalhar, estagiar, eu pintava por brincadeira, pintava em casa. Quando eu comecei a estagiar nos meus trabalhos, nos meus freelances eles me falavam ‘faz uma placa para mim, pinta algo pra mim’ e eu comecei a ver que no trabalho já me colocavam para fazer arte e pensei que se eu focasse na arte eu conseguiria um futuro nisso. Só não imaginava essa proporção. Então comecei a me dedicar à arte dentro dos meus trabalhos, no meio publicitário e de produção. Foi assim que comecei a customizar peças de roupas, grafitar o quarto dos meus amigos. E assim eu fui juntando o trabalho e um projeto diferente. E foi assim que eu comecei a pintar de verdade.

Eu sou daqui de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), só que eu sempre mirei fora. Eu fazia os trabalhos aqui, mas eu sempre ficava atento ao cenário nacional. Então, toda vez que um artista vinha para cá tocar eu dava um jeito de entrar na balada, na festa e entregar uma peça de roupa para ele, mirando a minha projeção nacional.

O caminho foi assim, eu já sabia que talvez eles não usassem, mas eles recebiam. Então, eu garantia, no mínimo, a foto ao lado do artista. E, para chegar ao artista reconhecido em alguns cantos do brasil e fora do brasil também foi dessa forma, fazendo networking. Mandando mensagem para as pessoas, pedindo para ir às festas, apresentando para as pessoas me auxiliarem a apresentar o meu trabalho. E para mim, ser reconhecido como um dos representantes da Street Art aqui dentro, é muito gratificante. Porque é um trabalho duro, é um trabalho que eu me dedico todos os dias para isso. Me dedicar para atingir esse posto. Eu sei que esse é um peso muito grande sabendo que aqui em Mato Grosso do Sul tem grandes artistas também, então fico muito contente com isso. Então, desde que eu comecei a pintar aqui, eu amo essa cidade, é maravilhosa! Mas eu sabia que eu poderia expandir o meu trabalho para o Brasil inteiro. Então, desde a primeira jaqueta que eu fiz, desde a primeira parede que eu pintei eu projetava o cenário nacional.


#EUsouMS – Quais são as suas maiores influências?

As minhas maiores influências hoje elas vêm de uma junção... Eu assisto muito documentário. Eu sou uma pessoa que busca muito documentários de Street Art de criatividade, de moda, de música, então se eu ver um artista que é importante que faz um trabalho muito legal eu busco um documentário da vida dele. Eu vou buscando inspirações em algo também que vai além da tinta na parede, da tinta na peça de roupa... Eu busco inspiração na música, em outros tipos de arte e em artistas fora do meu nicho.

#EUsouMS – Como você define o seu trabalho hoje?

Hoje eu defino meu trabalho como a Street Art. Tem referências da rua, do grafite, mas tem uma adaptação, uma mescla de materiais de formas.



#EUsouMS – Qual trabalho te marcou de uma maneira especial? Vimos um vídeo no seu Instagram grafitando uma mochila com uma criança. Como foi esse momento para você?

Um trabalho que me marcou muito foi esse. Um trabalho para uma criança com síndrome de down, o filho do jogador Daniel, que é meu xará. Esse trabalho me marcou muito... Foi tão natural! E esse vídeo deu uma explosão, o pessoal fala muito desse vídeo. E me marcou muito porque foi um trabalho tão simples, foi só um desenho tão pequeno que eu fiz para ele. Só que, para ele, foi excepcional. E eu acho que a arte é isso, a arte não precisa desse glamour, não precisa ser a pessoa mais famosa do mundo. Ela é feita de ações simples, de atos simples, e de pinturas que, às vezes, é bem mais simples do que a gente imagina. É mais questão de expressar aquilo que a gente sente. Para mim foi um dos momentos mais especiais e um dos trabalhos que mais me marcou até aqui.

#EUsouMS – O seu estilo é super marcante. Como você descobriu essa vertente?

Hoje a minha vertente eu descobri na rua. Pintando na rua. E, tudo o que eu faço é base disso, de mescla de materiais. O meu estilo é uma mescla de materiais, eu uso pincel, eu uso spray, eu uso caneca, eu uso rolinho, látex, tinta acrílica... Esse meu estilo é um experimento.

#EUsouMS – Você já fez várias colaborações com grandes marcas. Como é esse trabalho e esse reconhecimento no mercado?

As colaborações são muito engraçadas. Em um momento você está usando um tênis da marca X, uma camiseta da marca Y e em outro dia você está trabalhando com eles. Na hora não cai a ficha, você fala cara, pô legal! Tô com uma marca bem bacana, fazendo um trabalho gigantesco, mas depois quando você para pra pensar e coloca a cabeça no travesseiro você fala MEU DEUS! Fiz a marca que eu gosto, que quando eu abro o guarda-roupa tem um monte de itens dessa marca. Essa parte é incrível! E ver a aceitação dos times de futebol, das grandes marcas, todos usando muita Street Art isso é muito legal. E acho que isso só tende a crescer e tenho uma perspectiva bem grande daqui para a frente.


#EUsouMS – Você está prestes a lançar uma linha de Toys. Como está o desenvolvimento das peças e qual foi a sua inspiração na hora de criar?

A linha dos toys, eu peguei essa referência da galera lá de fora. Eu vejo que os artistas internacionais fazem muito e eu sou apaixonado por bonecos, coleciono, tenho na minha casa. E era algo que eu sempre quis fazer! É um experimento, estou lançando uma linha e estou muito ansioso para lançar ela. Talvez uma das coisas que eu tô mais ansioso para fazer, estou com muita expectativa nesse projeto.

#EUsouMS – Em Campo Grande você é representado pela Galeria MEIA SETE. Como funciona o seu trabalho junto a galeria. Como é ver o seu trabalho junto aos grandes profissionais do nosso estado?

A galeria para mim é algo muito especial e muito novo. Onde estou aprendendo e acho que estou ensinando também. E eu tô achando muito bacana essa parceria, eu acho que fui para lá porque eu precisava de uma representação maior aqui na cidade e eu encontrei na galeria. Praticamente todos os meus trabalhos em Campo Grande vão rolar pela Galeria MEIA SETE e eu estou me sentindo em casa lá.


Instagram: @dmglh




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