Nossa equipe conversou com o desenhista, Rodrigo Albuquerque, de 26 anos, nascido em Campo Grande/MS, que nos contou sobre sua história, suas influências e mostrou um pouco do seu talento. Confira abaixo a entrevista na íntegra:
#EUsouMS – Primeiramente conta pra gente um pouco da sua história, quando foi o seu primeiro start para o desenho, quando começou a desenhar e quando teve o real estalo “tá aí, é isso que quero fazer”?
Bom, eu sempre fui muito curioso e desde muito pequeno eu já gostava de desenhar, meus pais e parentes mais próximos dizem que aos dois anos de idade eu já fazia os primeiros desenhos, de forma inusitada, pois meus desenhos eram feitos todos de ponta cabeça e somente no final eu os virava pra mostrar como havia ficado.
Com o passar dos anos eu fui pesquisando e estudando alguns estilos, técnicas e materiais para me aprimorar, mas foi aos 17 anos, por me destacar nas atividades escolares na área acadêmica e artística que fui avaliado com Altas Habilidades e passei a frequentar o NAAHs (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação), hoje CEAM/ahs (Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação), onde pude desenvolver os mais variados estilos, técnicas e materiais, além de participar de várias exposições coletivas.
Um ano depois fui convidado a participar de um grupo chamado “Sem medo de ser feliz” formado por artistas do nosso estado, passei a frequentar o ateliê na loja Arquitecnica, onde dois anos mais tarde fui convidado a ser professor de Desenho e foi nesse momento que eu percebi que essa poderia ser a minha profissão.
Durante muitos anos trabalhei com encomendas e venda de trabalhos artísticos, nesse período lancei o livro de colorir “Alma Pantaneira” em parceria com o artista Alan Vilar, mas a mais ou menos dois anos que me dedico exclusivamente as aulas, consultorias e workshops, graduado em Artes Visuais, Pós-graduado em Neurociências e Comportamento e pós- graduando em Educação Especial, atuo com o ensino de desenho para diferentes profissionais como artistas plásticos, tatuadores, arquitetos, micropigmentadores e outros que utilizam o desenho como base.
Atualmente sou professor da Arquitecnica (loja de materiais artísticos), professor de Desenho do CEAM/ahs (Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação) e trabalho com consultorias e workshops presenciais e online.
#EUsouMS – Mato Grosso do Sul tem uma cena artística independente muito forte e as pessoas estão consumindo mais a arte regional? Como você sente o reconhecimento do seu trabalho?
Acredito que sim e com a chegada de feiras culturais, festivais de cultura e com a presença de grupos como Confraria Sociartistas e Urban Sketchers Campo Grande, por exemplo, fazem com que o cenário cultural fique mais evidente e consequentemente aumente o consumo da nossa arte.
È sempre muito gratificante o reconhecimento pelo nosso trabalho.
#EUsouMS – Quais são suas inspirações? Tem algum artista que você admira?
Vários, mas existem quatro artistas do nosso Estado que tiverem uma influência direta no meu trabalho e por isso carrego uma admiração muito grande por eles, que são: Alan Vilar, Giane Bifon, Lucia Monte Serrat e Miska Thomé.
#EUsouMS – Como você define o seu trabalho hoje?
Eu diria que é como se fosse uma grande experiência que provavelmente nunca terá uma conclusão e nem quero que tenha rsrs, apesar de o realismo estar muito presente no meu trabalho ele é o resultado de vários outros estilos que experimentei ao longo de todos esses anos.
#EUsouMS – Em meio a pandemia todos os artistas foram afetados. Como está desenvolvendo o seu trabalho? Esse é um momento criativo para você?
Apesar de ser um momento difícil esse que estamos enfrentando, também é um momento de reflexão e principalmente de aprendizagem, confesso que comecei a ver com outros olhos o meio digital.
#EUsouMS – Já conferimos o seu trabalho no Instagram. E é incrível! Como você desenvolveu a sua técnica?
Obrigado. Acredito que foi a soma de vários fatores curiosidade, pesquisa, persistência, orientação correta... Além de muitas e muitas tentativas rsrs.
#EUsouMS – O que acredita que pode melhorar na valorização da nossa cultura?
Acredito que trabalhos como o de vocês que ajudam a divulgar os artistas locais seja essencial pra valorização de nossa cultura, existem muitos artistas talentosos em nosso estado que muitas vezes só não foram descobertos ainda.
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