Socializar um cachorro com mais de 30 quilos (desculpe Luke, revelei seu peso), é uma tarefa difícil. Mas, socializar o Luke rabugento de 30 quilos, é um eterno exercício de paciência.
Por quê? Porque os melhores amigos do Luke são o petisco e a ração, fora isso, ele gosta de adultos e odeia qualquer coisa que seja viva. Pois é, quem vê essa carinha não diz que já tive que separar umas brigas dele.
Quando era a idade para socializar, não fizemos de forma direita, então ele não é acostumado com seres vivos que não sejam adultos. Na veterinária, ele sempre arruma briga com outros pacientes, quer comer os gatos e brinca - bem pouquinho - com uma das cadelas que mora na clínica.
O resto, é latido, dentes à mostra e patada. Isso, na minha frente, quando tem alguém perto da família dele. Já recebi vídeos de um cachorro brincalhão que fica correndo com outros bichos na maior harmonia. Mas, quando estamos perto ele ataca qualquer um que invada o espaço dele e chegue perto da gente.
Quando íamos a passeios no parque com o grupo de Border Collies, ele preferia correr sozinho, marcava o território dele e voltava para brigar com os outros cachorros e pedir carinho aos donos dos cachorros.
Em um episódio de pura exceção, fomos a casa de uns amigos que tem um Border também, e eles amaram brincar juntos. Luke ficou best friend mas depois de um tempo viraram inimigos mortais.
Uma outra vez, ele recebeu uma filhote aqui em casa, socializou bem, mas, quase a quebrou no meio, pois tropeçou na brincadeira e levou a cadela junto no tombo. Então, socializar o Luke é difícil, principalmente porque quando ele não quer atacar o cachorro ele fica cheirando o bicho até ter todas as informações.
E nesse ponto, do escaneamento pelo cheiro, o outro cão acaba se estressando e ai é briga na certa. Penso então, que além de duas caras (kkkkk) o Luke prefere ser um lobo solitário e imprevisível. Ele brinca com poucas pessoas, brinca com pouquíssimos cachorros e tende a atacar outros seres vivos (incluíndo plantas).
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